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Os Tempos em que Vivemos

Um olhar, uma tentativa de compreensão sobre algumas coisas que são vida.

Os Tempos em que Vivemos

Um olhar, uma tentativa de compreensão sobre algumas coisas que são vida.

Intérpretes das interpretações

 

 “Muitos prodígios há; porém nenhum maior do que o homem”, Sófocles in Antígona.

 

 “Compreendemos o que é justo e honesto, sabemo-lo, mas não o realizamos nos nossos atos”, Eurípedes in Hipólito.

 

“A tragédia grega honra a liberdade humana porquanto consente que os seus heróis combatam contra o poder desmedidamente superior do destino”, Schelling.

 

 “A lei humana é a lei do homem. A lei divina é a lei da mulher”, Hegel.

 

Ainda hoje na Alemanha existe uma brigada feminina que procura vingar-se das autoridades que se recusaram a entregar às famílias os corpos assassinados de Baader e Meinhof.

 

Somos apenas “os intérpretes das interpretações”, Montaigne.

 

 

 

                                           Em memória de Maria Helena da Rocha Pereira.

 

Quais os critérios que fazem com que uma obra seja considerada de grande merecimento? O que a faz permanecer ao longo dos séculos como impar? Não terão existido outras até bem maiores, mas que devido às fortunas da vida, se extraviaram ou, até mesmo porque à época não tivessem sido consideradas como merecedoras de atenção? Questões para as quais não existem respostas únicas, e que continuam incomodamente abertas.

 

Uma das obras que teve um percurso em que tudo lhe tem acontecido, e que talvez nos lance alguma luz sobre estas dúvidas que temos, ou as torne ainda mais misteriosas ou incompreensíveis, é a peça de teatro de Sófocles, Antígona.

 

Julga-se que Sófocles viveu entre 497 e 405 a. C., e que das 123 peças que escreveu (segundo a Suda, enciclopédia Bizantina Grega do século X), hoje apenas se conservam sete tragédias, das quais só de duas delas (Filoctetes e Édipo em Colono) se conhece a data em que foram feitas. Entre as sete que nos chegaram, figura Antígona, que se supõe ser das mais antigas, datada(?) de 441 a. C.

E, contudo, apesar de os atenienses, ao que consta, a terem apreciado ao ponto de terem oferecido a Sófocles o governo de Samos, esta sua peça não foi a premiada nas Grandes Dionísias: nesse ano de 441 a. C. o vencedor foi Eurípedes.

 

A história da casa real de Tebas, da família dos Labdácidas, encontrava-se já esboçada nos Poemas Homéricos, fazendo parte integrante da mitologia grega: proibição divina de descendência a Laio, rei de Tebas; nascimento e exposição do seu filho, Édipo; entrega da criança, por um pastor, ao rei de Corinto; viagem de Édipo, já adulto, a Delfos; encontro com um desconhecido, a quem mata (era o rei de Tebas, seu verdadeiro pai); decifração do enigma da esfinge, salvando a cidade, e por tal feito, subida ao trono de Tebas pelo casamento com Jocasta (a rainha viúva de Laio, sua verdadeira mãe); nascimento de quatro filhos (Etéocles, Polinices, Antígona e Ismena); descoberta do parricídio e incesto involuntários; suicídio de Jocasta e cegueira de Édipo, que      resolve                furar os olhos e assim deixar de ver a luz dos homens, para assim poder concentrar a sua inteligência no mundo interior de forma a deixar de ser joguete de forças que não controlava ou não podia controlar, único modo de escapar à tirania do destino; expulso da cidade pelos seus dois filhos varões, deambula durante anos pelos campos, sempre acompanhado pela sua filha, Antígona.

 

A ação da peça vai começar a desenrolar-se quando, após a morte de Édipo, Antígona regressa a Tebas, onde residiam os seus dois irmãos. Durante todos esses anos em que tinham expulsado o pai, os dois irmãos tinham-se digladiado continuadamente, instaurando um regime de guerra permanente, para ver quem ficava a comandar a cidade, acabando por morrerem em combate.

Creonte, que acabara por ficar como regente de Tebas (depois da morte dos dois príncipes, pertencia a Creonte, irmão da rainha Jocasta que fora mãe e mulher de Édipo, o trono tebano) resolveu só proceder à liturgia da consagração da morte que permitiria o enterro e descanso eterno do defunto, para apenas um dos irmãos, condenando à morte quem lhe desobedecesse e procedesse ao enterro do outro irmão.

 Antígona discorda do tratamento diferenciado que Creonte queria impor, e tudo faz para desafiar a ordem do tirano, acabando durante a noite por enterrar Polinices, o outro irmão. Creonte ordenou então que ela fosse enterrada viva.

Mas Antígona suicida-se antes que a sentença fosse executada. Hémon, o filho do rei, que a amava apaixonadamente, e não conseguira que o pai a perdoasse, acaba também por se suicidar no túmulo de Antígona.

 

            Precisamos ter em conta que nessa época a sociedade grega era profundamente religiosa, onde mitos, contos e heróis ainda se misturavam e influenciavam o comportamento dos atenienses, pelo que toda esta situação era totalmente acompanhada e interiorizada pela sociedade ateniense.

 

É na Ilíada, Canto XXIII, que Aquiles é advertido da obrigação sagrada de efetuar os rituais em honra dos mortos, sem os quais não conheceriam o descanso no além. Não era, pois, uma questão de menor importância o não se proceder à liturgia que permitiria o descanso eterno do defunto.

 

 Antígona viu-se forçada a ter de escolher entre a obediência à lei dos homens ou à lei dos deuses. Podendo cada uma delas serem más, a verdadeira questão era a de saber se o ser humano era fundamentalmente um ser capaz de decidir por si próprio a sua ação ou não.

Ou seja, se a fonte para a ação humana residia na sua interioridade ou em algo que lhe fosse exterior, obrigando-a a ter de escolher entre princípios éticos ou princípios políticos.

Antígona sabe muito bem o que deve ser feito pelo bem, não por qualquer coisa individual, mas pelo cosmos. É, tendo em vista este imperativo do bem cósmico, que vai desrespeitar uma lei que merece ser desrespeitada, uma vez que desrespeita o bem universal.

É por isto que a interpretação mais classicista vê em Antígona o nascimento da ‘consciência moral’, como uma forma de intuição puramente ética que define em cada ser humano aquilo que é o eixo vertical do que é bem e deve ser feito, e do que é não-bem e deve ser evitado e combatido. A sua opção representa o triunfo da ética sobre a política.

 

Há quem diga que todas as situações, sentimentos e emoções, possíveis de experienciar pelos humanos se encontram já todas devidamente referenciadas na literatura da Grécia antiga, nomeadamente nas suas peças de teatro. E que hoje, limitamo-nos a dar-lhes nova roupagem: mudamos apenas a forma.

 

 

E, apesar de tudo isto que representava, este tema de Antígona vai praticamente ser esquecido e deixado de ser referido durante mil anos, até que, durante o Renascimento, reaparece (o mesmo sucedendo aliás com outras tragédias gregas), neste caso devido à tradução para italiano feita por Luigi Alamanni em 1533. Seguem-se mais três traduções em latim entre 1541 e 1557, e uma adaptação em francês feita por Jean-Antoine de Baïf em 1573.  Depois, novo eclipse de mais dois séculos.

Lessing, na sua Hamburgische Dramturgie de 1767, não atribui qualquer destaque particular a Antígona, e não faz qualquer referência a Sófocles. Mesmo nos teatros da Europa que adotam temas trágicos para as suas óperas, não há “Antígonas” representadas até à Revolução Francesa, nem sequer trabalhos de pintura sobre a lenda de Antígona nos salões anuais de Paris até 1789.

 

Mas, todo este “esquecimento”, toda esta desatenção, vai brevemente terminar. Devido à imaginação do movimento romântico e do idealismo alemão, Atenas vai ser redescoberta em grande, passando a ser considerada como a morada por excelência do homem. O helenismo (a idealização da antiga Hélade), como contraponto ao renascimento (idealização da antiga Roma), vai ser visto como o zénite do pensamento humano, nas obras filosóficas, poéticas e políticas.

 

O mundo só se salvaria se voltasse a habitar o Pártenon e quebrasse os seus vínculos com a barbárie.

 

Friedrich Schlegel, escrevia em 1795, que Sófocles era um poeta “do qual é quase impossível falar a não ser em termos de adoração”. E por maior que tivesse sido o génio de Shakespeare, Sófocles continuava a ser “o verdadeiro cume da arte dramática”.

 

Hegel, Hölderlin e Schelling, juntos num mesmo seminário em Tubinga, concordam em adotar as mesmas divisas e os mesmos modelos, ao decidirem restaurarem a alma luminosa “dessa idade de ouro da verdade e da beleza que foi a Grécia”.

Provavelmente, terá sido Hegel, que já em 1787 tentara traduzir o Édipo em Colona de Sófocles, que irá influenciar os seus dois amigos. Em 1820, vai considerar Antígona como “uma das mais sublimes peças e, sob todos os aspetos, uma das mais consagradas obras de arte criadas pelo esforço humano”. Em 1830, vai mesmo considerar

 

 “a celestial Antígona, a mais nobre das figuras desde sempre aparecidas na Terra”.

 

A primeira encenação moderna que se conhece de Antígona é a de 1841, em Potsdam, com música de Mendelssohn, e vai ser considerada como a autêntica recreação da tragédia clássica grega na Europa. A partir daí o sucesso não para: 1842 em Berlim, 1844 em Paris, depois Londres, Edimburgo e outras.

 Estava instaurado um verdadeiro culto de Sófocles que se estenderia por um século. A descida de Antígona para a sua morte-viva (encarcerada viva numa gruta) falava às gerações revolucionárias e românticas com uma força imediata só comparável à do desfecho de Romeo e Julieta”.

 

Porque razão se concedeu naquela época este tão alto estatuto à Antígona de Sófocles? Por que viram na personagem de Antígona “a mais elevada presença” que alguma vez visitou o mundo dos homens? Por que razão, De Quincey e Kierkegaard, sugeriam que Antígona deveria ser considerada como a contrapartida de Cristo, como a filha e mensageira de Deus anterior à Revelação?

 

Sabemos que em 1802 Hegel se encontrava a escrever sobre o Direito Natural tentando resolver os conflitos entre o Estado-nação e a família, entre os direitos dos vivos e dos mortos, entre o faça-se do legislador e a moral consuetudinária. Ora estes são os conflitos presentes na Antígona.

 Na oposição Estado-família, Hegel sabe que é no interior da família que a pessoa concreta é concebida como totalidade, enquanto para o Estado a pessoa não passa de ‘uma individualidade geral’.

 

 Ao realizar os atos que definem a sua identidade como cidadão, o irmão tem de sair da esfera da família. Troca o lar pelo mundo da pólis. A mulher fica para trás como “governante do lar e guardiã da lei divina”, dado que esta lei remete para os deuses da casa, os Lares e os Penates.

Na morte, o indivíduo regressa ao domínio ético da família. Na morte, o esposo, o filho, ou o irmão passam do domínio da pólis para o da família. Esse regresso é um retorno à tutela primeira da mulher (esposa, mãe, irmã). Os ritos do enterro, com o re-encerramento do morto na terra, são uma incumbência própria das mulheres.

 E no interior da família há uma relação que é privilegiada devido à pureza da sua substância ética: a que existe entre irmão e irmã. O irmão e a irmã são do mesmo sangue, encontrando-se um diante do outro com pureza desinteressada da livre escolha humana. Não pode existir obrigação ética mais elevada do que a que vincula uma irmã ao seu irmão. E quando a tarefa cabe a uma irmã, o enterro torna-se sagrado em grau superlativo.

 

Hegel observa que

 

 “a lei humana é a lei do dia porque é conhecida, pública, visível, universal: regulamenta não a família, mas a cidade, o governo, a guerra; e é feita pelo homem. A lei humana é a lei do homem. A lei divina é a lei da mulher”.

 

 

Por outro lado, há circunstâncias, políticas, militares, simbólicas, em que o Estado torna extensivos aos mortos os imperativos de honra ou punição que normalmente só são aplicados aos vivos.

Tal poderá dar origem a um conflito entre a esfera do lar feminino e a praça pública masculina, entre o universal e o particular, visíveis na luta entre Creonte, o homem, e Antígona, a mulher, sobre o corpo do morto.

A mulher é a realização concreta do crime. O inimigo interno do Estado antigo é a família que ele destrói e o Particular que ele não reconhece, mas que não pode passar sem eles”.

 

O édito de Creonte (condenação à morte para quem sepultar o corpo de Polinices) é uma punição política. Porém, para Antígona, é um crime ontológico. A culpa do seu irmão perante Tebas é para ela totalmente irrelevante; para ela o seu irmão é um ser singular e insubstituível.

Ela vai assumir a culpa pela sua ação: daí Hegel a considerar acima de Édipo. É que o seu crime é totalmente consciente. É um ato de disposição de si ainda antes de ser uma aceitação do destino.

 

Hegel vê todo este processo como uma oposição mútua de forças éticas que vão continuar a avançar até se alcançar um equilíbrio fatal proveniente da destruição parcial de ambos os lados. É, pois, na igual sujeição das partes que o direito absoluto começa a cumprir-se.

Encontramos aqui a essência do conceito hegeliano de dialética, do avanço da história através de um caminho trágico.

 

 “O conflito trágico não é um conflito entre o Dever e a Paixão, ou entre dois deveres. É o conflito entre dois planos de existência, um dos quais é considerado sem valor por aquele que age, mas não pelos outros. A agente, o ator trágico não terá consciência de ter agido como um criminoso; sendo castigado, terá a impressão de sofrer um destino”.

 

Mais tarde, nas Lições sobre a Filosofia da Religião (material compilado por alunos), Hegel vai sintetizar:

 

O Fatum (o destino) é o que se furta ao pensamento, ao conceito; é aquilo onde justiça e injustiça desaparecem no interior da abstração. Na tragédia, pelo contrário, o destino opera no interior de uma esfera de Justiça Ética. Descobrimo-lo expressando-se sob a forma mais nobre nas tragédias de Sófocles. Nestas, estão em jogo tanto o destino como a necessidade. O destino do indivíduo é representado como qualquer coisa de incompreensível, mas a necessidade não é uma justiça cega; é, pelo contrário, percebida como verdadeira justiça. Precisamente por tal razão, estas tragédias são as imortais obras do espírito da inteligência e da compreensão éticas, e o modelo imorredouro da ideia ética. O destino cego é qualquer coisa de insatisfatório. Nas tragédias de Sófocles, a justiça é apreendida pelo pensamento. O choque entre as duas forças morais supremas é dramatizado de modo plástico nesse exemplo absoluto da tragédia que é Antígona. Aqui, o amor familiar, o sagrado, a interioridade, pertencentes ao sentimento íntimo, e por isso também conhecidos como a lei dos deuses inferiores, chocam com o Direito do Estado. Creonte não é um tirano, mas, na realidade, uma força ética. Creonte não está em erro. Sustenta que a lei do Estado, a autoridade do governo, deve ser respeitada, e que a transgressão da lei deve ser seguida pelo castigo. Cada um dos dois lados atualiza apenas uma das forças éticas, e tem só uma de entre elas por conteúdo. Tal é a unilateralidade. A significação da justiça eterna torna-se manifesta do seguinte modo: ambas as partes incorrem em injustiça precisamente por serem unilaterais, mas ambas revelam justiça. Ambas são reconhecidas como válidas no curso e no processo desvelados da moralidade. Ambas possuem a sua validade própria, mas trata-se de uma validade de medida igual. A justiça apenas progride em Oposição a uma unilateralidade’.

 

Os estudiosos de Hegel percebem neste trecho, como que uma conversão a uma filosofia prussiana ou ‘estatista’ do estado-nação. Vivia-se então em regime pós-derrota de Napoleão.

Talvez por isso, a superioridade ética de Antígona como representante do caráter e pureza primitivos da lei familiar e feminina, ao mesmo tempo que deve ser tornada manifesta, deve também ser destruída pelo Estado.

 Se Antígona triunfasse não haveria progresso possível: a dimensão privada das necessidades humanas devastaria a esfera pública.

 

Muitos outros desse século se pronunciaram sobre Sófocles e a Antígona, nomeadamente Goethe, Kierkegaard, Schlegel, Hölderlin, alguns deles chegando mesmo a traduzi-la, mas sempre com o objetivo de a integrar nos seus sistemas de pensamento, nas respostas à e para a sociedade em que viviam, retirando-lhe aquilo que mais aparentado seria consigo próprios, ou que pressentem como um precedente mais imediatamente justificado por referência às suas próprias necessidades históricas.

 

Embora nunca nenhum tenha conseguido descobrir quais as intenções de Sófocles, conjeturando no melhor dos casos, inscrevem-se sem dúvida em processos intelectuais honestos, claros, sem manipulações, apenas sujeitos aos imponderáveis da história.

Não se lhes podem atribuir culpas por só terem sobrado sete cópias de Sófocles, pelo que se desconhece se outras teriam mais valor; que escasseiem obras de outros autores coevos mais premiados na Antiguidade; que as traduções sejam menos corretas e que os especialistas manifestem dúvidas sobre algumas passagens.

 

Mas, com ou sem traduções, com ou sem interpretações, representações, é, na verdade, muito interessante notarmos, por exemplo, que ainda hoje na Alemanha existe uma brigada feminina que procura vingar-se das autoridades que se recusaram a entregar às famílias os corpos assassinados de Baader e Meinhof.

 

E que é também muito interessante verificar ter sido o ano de 2012, também por razões que se desconhecem, aquele em que os nossos representantes culturais voltaram de novo a ressuscitar a Antígona de Sófocles, inscrevendo-a no clima de guerra prolongada que se instaurou a partir do 11 de setembro, através de uma nova versão teatral exibida no National Theatre de Londres em que Antígona aparece como uma bombista-suicida,  ou ainda através do livro do escritor indiano Joydeep Roy-Bhattacharya, The Watch, em que a ação se desenrola junto à base americana de Kandahar, no Afeganistão.

 

Também se desconhece a razão porque esse escritor indiano venha a colocar a ação do seu livro em Kandahar, e que se inspire nos antigos gregos, mesmo que Kandahar seja a nova toponímia de uma antiga cidade, Iskandar, fundada por Alexandre Magno.

 

E, já agora, referenciemos também 2012 como o ano em que as Pussy Riot estrearam em Berlim o seu espetáculo (Pussy Right) com extratos da Antígona.

 

 

Mas é George Steiner quem nos tranquiliza sobre estas inquietações, coincidências, fenómenos de descoberta e achamentos, quando, lucidamente, nos diz que as suas interpretações das Antígonas, A persistência da lenda de Antígona na literatura, arte e pensamento ocidentais, são provisórias:

 

 ‘Mudarão com a idade, com a renovação da minha experiência do texto, com a minha entrada em contato com novas opiniões críticas e novas encenações da peça. Mas, tais mudanças não são garantia de uma apreensão necessariamente mais clara ou acertada…. Faz parte da natureza dos estudos filosóficos e artísticos que o tempo e a idade tendam a ser acompanhados por uma visão mais informada e mais equilibrada do seu objeto. Mas, nem as questões que colocamos nem as respostas que propomos representam, então, necessariamente um avanço.

 

 

 

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