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Os Tempos em que Vivemos

Um olhar, uma tentativa de compreensão sobre algumas coisas que são vida.

Os Tempos em que Vivemos

Um olhar, uma tentativa de compreensão sobre algumas coisas que são vida.

(293) Escapatórias sem escape

Tempo estimado de leitura: 10 minutos.

 

Colonizar o espaço: a velha aspiração de deixar para trás todas as preocupações de se viver na Terra. Como se a Terra fosse a culpada.

 

Apenas uma das várias expedições lançadas a partir de uma colónia interestelar conseguirá alcançar o destino e sobreviver, Rpbert Hanson.

 

Só o fornecimento de água para os seis inquilinos da Estação Espacial Internacional custa cerca de 2 biliões de dólares por ano.

 

Não há nenhuma razão firme para supor que as pressões evolutivas empurrem sempre em direções desejáveis.

 

Singleton é a ordem mundial segundo a qual existe apenas uma única agência de tomada de decisão ao nível mais elevado, Nick Bostrom.

 

 

 

 

 

Foi recentemente notícia nos principais meios de comunicação a descoberta de moléculas de água na Lua. Seguiram-se vários artigos entusiasmados com a excitação provocada por tal descoberta, dadas as enormes possibilidades que entendiam abrirem-se para a colonização do espaço.

 Resumidamente, a descoberta de moléculas de água nas areias da Lua, permitiria, após a sua extração, o estabelecimento de colónias humanas sem a necessidade do custo e do transporte regular de enormes quantidades de água em naves cisternas a partir da Terra (só o fornecimento de água para os seis habitantes da Estação Espacial Internacional custa cerca de 2 biliões de dólares por ano), e poderia permitir mais tarde,  ao separar e acumular os átomos de oxigénio e hidrogénio, o abastecimento de combustível das naves no seu regresso à Terra.

 

Independentemente das considerações sobre as enormes dificuldades que tais processos acarretariam (alguns mesmo ainda sem resposta tecnológica) e dos custos exorbitantes, continua-se a insistir em glorificar e romantizar a “conquista do espaço” e a “colonização das novas fronteiras”, como fazendo parte da realização de um desígnio humano, uma ambição desde sempre ansiada da humanidade.

É neste sentido que nos são apresentados programas de exploração e conquista como os de Elon Musk do Space X, e Jeff Bezos. Musk pretende estabelecer uma colónia permanente em Marte (1), e a partir daí colonizar todo o espaço. Bezos prefere a colonização em gigantescas ilhas rotativas navegando no espaço.

Em qualquer dos casos, trata-se aparentemente de dar corpo à velha aspiração de se deixar para trás todas as preocupações de se viver na Terra. Como se a Terra fosse a culpada.

 

Na realidade, trata-se de um expediente perfeitamente idealizado e legalizado há séculos, para alguns poucos fazerem fortunas à custa dos muitos outros, através de fabulosos contratos feitos com os governos, que são pagos pelos estados, ou seja, pelos impostos dos do costume. Os grandes negócios privados que o público sustenta e sem os quais nos dizem que não haveria progresso.

Todos aqueles conhecimentos, tecnologias, e recursos gastos na corrida ao espaço, foram sempre suportados pelos governos: A NASA é uma empresa pública; A Estação Espacial Internacional, que custou cerca de 150 biliões de dólares, foi paga pelos impostos dos contribuintes dos EUA, Rússia, Europa, Canadá e Japão.

 

Embora se possa entender a euforia das primeiras “conquistas” espaciais, que tiveram muito mais que ver com a tentativa de resolução de problemas militares (2ª Guerra, V1 e V2 nazis) e de prestígio político (demonstração de conhecimentos e poderio inerente aos sistemas político-económicos em presença, URSS x EUA), os tempos das pandemias e das alterações climáticas têm vindo a obrigar a uma melhor ponderação na crença sobre o verdadeiro valor da conquista e até mesmo o da exploração como está a ser feita.

Segundo o astrofísico e Astrónomo Real, Lord Rees:

 

Nenhuma das centenas de pessoas que têm circulado à volta da Terra na Estação Espacial Internacional produziu qualquer trabalho de valor verdadeiramente científico que fosse suficiente para justificar, nem mesmo uma ínfima fração do dinheiro gasto no Shuttle e na Estação Espacial”.

 

Para ele, as sondas espaciais que nos enviam imagens e dados científicos de Marte, Júpiter, e do espaço interestelar, têm feito muito mais para transformar a nossa visão sobre o Universo do que o envio de astraunautas.

 

Nos últimos 40 a 50 anos, têm sido publicados milhares de artigos científicos sobre esta problemática das viagens espaciais, quase sempre na ótica da validação das suas possibilidades de realização, e onde a colonização interestelar aparece como um dos modelos a ser considerado.

Sabendo-se da limitação imposta pela velocidade da luz nas deslocações a efetuar, as viagens para os considerados ‘oásis’ a colonizar ficarão dependentes das tecnologias e preferências das civilizações que as efetuarem.

Na sua grande maioria, esses estudos incidem sobre o comportamento dos “colonizadores”, o tempo que acabarão por permanecer nesses oásis, as explorações que serão feitas a partir daí pelos seus descendentes, quantas e com que periodicidade serão feitas, que alterações físicas e comportamentais serão esperadas, etc.

 

Um dos artigos sobre os desafios da colonização espacial que tem normalmente sido negligenciado, é o de  Robert Hanson (1939-2014), "Burning the Cosmic Commons: Evolutionary Strategies for Interestellar Colonization", de 1998, (http://hanson.gmu.edu/filluniv.pdf).

 Nesse estudo, Hanson, utilizando modelos matemáticos, vai demonstrar, entre outros, que as colónias interestelares só lançam novas expedições quando as suas capacidades de crescer começarem a diminuir, que os colonizadores são muito relutantes relativamente a futuros investimentos em pesquisa, que apenas uma das várias expedições lançadas a partir de uma colónia interestelar conseguirá alcançar o destino e sobreviver, etc..

 

 

Mas para além destes estudos que se ocupam sobre a viabilização tecnológica e/ou humana do empreendimento, há um artigo que me parece ser da maior importância para os tempos em que vivemos, tendo em conta o comportamento que as várias organizações e entidades mundiais revelaram durante as recentes pandemias e alterações climáticas, porquanto aborda o problema do modelo de governação da humanidade em tempos de exploração e colonização do espaço.

 

Trata-se de um pequeno estudo de Nick Bostrom (2), publicado em 2005 na revista Linguistic and Philosophical Investigations, Vol. 5, No. 2 (2006): pp. 48-54, da Faculdade de Filosofia da Universidade de Oxford, intitulado “What is a Singleton?”, onde, apropriando-se deste conceito matemático, vai formular e analisar possíveis cenários que acabam por convergir na inexorabilidade da criação de uma ordem mundial na qual apenas existirá uma única agência de tomada de decisão ao nível mais elevado.

Eis a reprodução integral do artigo:

 

 

 “ 1. Definição

 

                Na teoria dos conjuntos, um ‘singleton’ é um conjunto contendo apenas um membro. Vou, contudo, utilizá-lo unicamente como noção, pelo que o termo apenas se referirá a uma ordem mundial na qual existe uma única agência de tomada de decisão ao nível mais elevado. [1] Entre os seus poderes estariam (1) a capacidade para prevenir quaisquer ameaças (internas ou externas) à sua própria existência e supremacia e (2) a capacidade de exercer controle efetivo sobre as principais características do seu domínio (onde se inclui a tributação e a distribuição territorial).

 

               Vários ‘singletons’ poderiam coexistir no universo se estivessem suficientemente afastados para não se verificar qualquer influência causal entre eles. Contudo, um governo mundial terrestre não poderia contar como único se existissem colónias espaciais independentes ou civilizações alienígenas que estivessem ao alcance da Terra.

 

  1. Exemplos e elaboração

 

Uma república mundial democrática pode ser uma espécie de ‘singleton’, o mesmo acontecendo para uma ditadura mundial. Uma máquina superinteligente amigável poderia ser outro tipo de ‘singleton’, supondo que fosse suficientemente poderosa para que nenhuma outra entidade pudesse ameaçar a sua existência ou frustrar os seus planos. Outro exemplo seria o de uma “força transcendente” que alcançasse o domínio mundial.[2]

 

Um ‘singleton’ também se pode formar por meio de uma evolução convergente, por ex. se todos os indivíduos ou culturas suficientemente avançadas passassem fundamentalmente a aceitar os mesmos valores ou objetivos. Esses valores comuns, em combinação com todos os indivíduos e culturas que os abraçam, formariam então uma “agência” no sentido amplo aqui pretendido, e constituiria um ‘singleton’.

 

Também se pode imaginar um ‘singleton’ surgido a partir da disseminação universal de um único código moral autoimposto. O código pode especificar que os agentes devam dar tratamento preferencial a outros agentes que sigam o código. Se tal código for aceite por um número suficiente de agentes, e se o monitorar e garantir a conformidade for suficientemente viável para a sua aceitação, pode ser do interesse dos agentes que ainda não adotaram o código fazê-lo. Isso pode levar à adoção universal do código. Se o código for suficientemente prescritivo para resultar num comportamento efetivamente orientado e coordenado a metas ao nível da sociedade mundial, ele constituirá um ‘singleton’.

 

Um ‘singleton’ não precisa ser monolítico. Ele poderá conter em si uma enorme variedade de agentes independentes, cada um perseguindo os seus próprios objetivos díspares, como é o caso num estado democrático liberal. Os objetivos e ações do ‘singleton’ poderiam ser decididos pelos seus habitantes ou representantes eleitos.

 

Um ‘singleton’ que seja uma máquina superinteligente pode adotar um modus operandi que tornaria a sua presença virtualmente indetetável no dia-a-dia de seus habitantes. Ele poderia atuar apenas como um reforço subtil de certas condições básicas que poderiam servir, por exemplo, para garantir a segurança ou para administrar algumas outras tarefas governamentais mínimas. Esse ‘singleton’ superinteligente também poderá usar algoritmos evolucionários e outros meios para aumentar a diversidade interna, se isso promover a sua capacidade para alcançar os seus objetivos. Ao considerar as características de um ‘singleton’, seria um erro supor que ele possuiria necessariamente os atributos comumente associados às grandes burocracias humanas - rigidez, falta de imaginação, ineficiência, tendência para a macrogestão e expandir seus próprios poderes, etc. Isso poderia ser verdade para alguns ‘singletons’ possíveis, mas poderia não ser verdade para outros.

 

O conceito de um ‘singleton’ é, portanto, muito mais amplo e abstrato do que o conceito de um governo mundial. Um governo mundial (no sentido comum da palavra) é apenas um tipo de ‘singleton’ entre muitos.

 

No entanto, todos os ‘singletons’ possíveis compartilham uma propriedade essencial: a capacidade de resolver problemas de coordenação global. As espécies inteligentes que desenvolvem a capacidade de resolver problemas de coordenação global, como as indicadas na próxima seção, podem, a longo prazo, desenvolver-se ao longo de trajetórias muito diferentes das espécies que não possuem essa capacidade. Isso é o que torna útil ter um conceito unificador para um conjunto tão diverso de estruturas.

 

  1. Vantagens de um ‘singleton’

 

Os ‘singletons’ podem ser bons, maus ou neutros. Uma razão para favorecer o desenvolvimento de um ‘singleton’ (do tipo bom) é que ele resolveria certos problemas fundamentais de coordenação que podem ser insolúveis num mundo que contém um grande número de agências independentes ao nível superior. Problemas de coordenação deste tipo, que podem ser de particular importância para o futuro da humanidade, incluem:

 

    . Evitar corridas armamentistas perigosas que poderiam causar enorme destruição ou mesmo extinção por meio de armas poderosas, incluindo armas futuras baseadas em nanotecnologia. [3] As corridas armamentistas custam caro mesmo quando não emanam da guerra.

    . Evitar uma futura corrida de colonização espacial que consumiria bens cósmicos. Robin Hanson desenvolveu um modelo que prevê que isso aconteceria na ausência de um ‘singleton’. [4]

    . Evitar resultados caracterizados por extrema desigualdade, como cenários onde um único estado (ou grupo de elite, ou um indivíduo) obtém uma vantagem tecnológica decisiva (com superinteligência ou nanotecnologia molecular avançada) e usa isso para prejudicar o resto da humanidade ou para se apropriar de enormes quantidades de recursos. (Tal cenário pode acontecer num indivíduo ou grupo privilegiado formando um ‘singleton’. Mas um ‘singleton’ criado por antecipação poderia ter conduzido a uma distribuição mais justa de benefícios.)

    . Evitar caminhos evolutivos indesejáveis ​​que levam a resultados radicalmente distópicos. Um ‘singleton’ poderia fazer isso remodelando deliberadamente a função de bem-estar para a população. (Não há nenhuma razão firme para supor que as pressões evolutivas sempre empurrem em direções desejáveis. Há uma análise minha mais detalhada deste tipo de cenário num outro artigo. [5])

 

  1. Desvantagens de um ‘singleton’

 

O maior risco na criação de um ‘singleton’ é o de ele acabar por ser um mau ‘singleton’. Unidades mais pequenas de tomada de decisão, como os estados, também se podem tornar maus. Mas se um ‘singleton’ for mau, então toda uma civilização inteira é má. É pôr todos os ovos numa cesta.

Além disso, numa ordem mundial menos coordenada, existem alguns processos que limitam o caráter destrutivo de certos tipos de falhas. Por exemplo, se um estado estagnar ou instituir um sistema econômico ruinoso, tal pode ser superado pela sua competição com outros estados. Outros estados podem invadir ou intervir. Parte de sua população pode emigrar. As tecnologias e o progresso científico desenvolvidos noutros estados podem eventualmente decair para um estado de estagnação. A existência de outras sociedades mais prósperas pode servir de modelo e inspiração para reformar ou revolucionar um mau estado. Esses mecanismos de proteção não funcionariam num ‘singleton’ mau. (Para reduzir este risco, um ‘singleton’ bom pode manter deliberadamente uma ecologia interna de diferentes sociedades e de diversidade regional.)

 

Alguns tipos de ‘singleton’ incorreriam num custo substancial devido à ineficiência resultante do aumento de camadas adicionais de burocracia. A magnitude desse custo, e se ele seria maior ou menor do que os ganhos da coordenação, depende da natureza do ‘singleton’, da sua estrutura e tecnologia de governo, e da gravidade dos problemas de coordenação que só podem ser resolvidos por um ‘singleton’.

 

Algumas formas de criar um ‘singleton’ também podem incorrer em custos e riscos, especialmente se uma nação ou algum grupo de agências tentar criá-lo à força num mundo multipolar onde as agências opostas têm poderes significativos. (Da mesma forma, também existem situações em que tentar evitar a criação de um ‘singleton’ pode ser caro e arriscado.)

 

  1. A hipótese ‘singleton’

 

A hipótese ‘singleton’ é que a vida inteligente originada na Terra (eventualmente) formará um ‘singleton’. É uma questão aberta saber se a hipótese do ‘singleton’ é verdadeira. A minha opinião é que é mais provável que seja verdade.

Historicamente, temos visto uma tendência abrangente para o aparecimento de níveis mais elevados de organização social, desde grupos de caçadores-coletores a chefias, cidades-estado, estados-nação e agora organizações multinacionais, alianças regionais, várias estruturas de governança internacional e outros aspetos da globalização. [6] A extrapolação dessa tendência aponta para a criação de um ‘singleton’.

 

Algumas tecnologias previstas podem facilitar a criação de um ‘singleton’, como vigilância avançada (incluindo a deteção de mentiras), tecnologias de controle da mente, tecnologias de comunicação e inteligência artificial. Outras tecnologias podem reduzir a probabilidade da criação de um ‘singleton’. Por exemplo, o maior uso da criptografia, especialmente à medida que grandes partes de nossas vidas e a economia migram para o ciberespaço, pode tornar mais difícil a formação de certos tipos de ‘singleton’ (‘singlestons’ que se apoiam num forte controle centralizado).

 

Um ‘singleton’ é um resultado plausível de muitos cenários em que uma única agência obtém uma liderança decisiva por meio de um avanço tecnológico em inteligência artificial ou nanotecnologia molecular. [7] Uma agência que tivesse obtido essa liderança poderia usar essa sua superioridade tecnológica para impedir que outras agências o alcançassem, especialmente nas áreas tecnológicas essenciais para sua segurança.

Pode-se desenvolver gradualmente um amplo apoio para a criação de um ‘singleton’, se um ‘singleton’ for de facto necessário para resolver os problemas de coordenação indicados na seção 3 e se a relevância desses problemas aumentar com o tempo. Um evento catastrófico que destacasse os perigos do fracasso em resolver os problemas de coordenação global, como uma guerra travada com armas de destruição em massa, poderia acelerar esse desenvolvimento. Até agora, os dois esforços mais ambiciosos para instituir formas limitadas de governo mundial, a Liga das Nações e as Nações Unidas, surgiram diretamente das experiências traumáticas de duas guerras mundiais. (Por outro lado, se os custos e riscos de criar um ‘singleton’ superam os benefícios, então é possível que a resistência iluminada reduza as hipóteses de formação de um.)

Uma vez formado, um futuro ‘singleton’ pode ser perpetuamente estável. Isso pode acontecer se a vigilância, o controle da mente e outras tecnologias de segurança se desenvolverem por forma a permitirem que um ‘singleton’ previna com eficácia o aparecimento de desafios internos.

 

Referências

 

Bostrom, N. (2005). The Future of Human Evolution. Death and Anti-Death. C. Tandy, Ria University Press.

Drexler, K. E. (1985). Engines of Creation: The Coming Era of Nanotechnology. Londres, Forth Estate.

Gubrud, M. (2000). Nanotechnology and International Security. Fifth Foresight Conference on Molecular Nanotechnology.

Hanson, R. (1998). "Burning the Cosmic Commons: Evolutionary Strategies for Interestellar Colonization." Disponível em http://hanson.gmu.edu/filluniv.pdf.

Wright, R. (1999). Nonzero: The Logic of Human Destiny. Nova York, Pantheon Books.

 

Notas

[1] This note is a write-up up of some informal remarks that I published in 2002.

[2] A “transcending upload” refers to a biological mind that has been uploaded to a computer and then enhanced to such a degree that it has become superintelligent.

[3] (Gubrud 2000)

[4] Hanson 1998)

[5] (Bostrom 2005)

[6] (Wright 1999)

[7] (Drexler 1985)”

 

 

(1) É sua intenção transportar colonizadores para Marte “inicialmente a 200.000 dólares por pessoa, podendo posteriormente ser feito a metade do preço. A nave transportará 100 a 200 pessoas de cada vez, estimando que a população de Marte seja de 1 milhão de habitantes ao fim de 40 a 100 anos”, segundo relata Marcia Smith, “Musk shares technical details of his dream for Mars colonization”, Space Policy Online, 27 September 2016.

(2) Nick Bostrom (1973- ), é um filósofo sueco (https://en.wikipedia.org/wiki/Nick_Bostrom) conhecido pelas suas teorias do transumanismo (que reconhece e antecipa alterações radicais na natureza dos humanos como resultado da aplicação de várias ciências e tecnologias), da superinteligência (teoria segundo a qual é possível que uma Inteligência Artificial se torne superinteligente ultrapassando e dominando a espécie humana) e da teoria da simulação (segundo a qual toda a realidade, incluindo a Terra e todo o resto do Universo, pode ser uma simulação artificial, uma simulação de computador).

 

 

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